Dra Luiza Novis é médica pediatra e neonatologista, pós-graduada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, especialista em Nutrição Infantil, com 6 anos de experiência na área, que tem como foco um atendimento humanizado e um olhar integral sobre a saúde da criança, focado no adequado desenvolvimento neuropsicomotor do bebê, desde a sala de parto até a adolescência.
A nutrição infantil até os 6 meses de vida deve ser feita, idealmente, apenas via aleitamento materno e a partir de 6 meses, devem ser começados a ofertar outros tipos de alimento, caso a criança esteja preparada para isso.
É aos 6 meses de idade que o corpo da criança está preparado para receber alimentos, com desenvolvimento neuropsicomotor adequado, tônus cervical, capacidade de sentar, deglutir, manter o tronco ereto e boa movimentação motora orofacial para virar o rosto quando estiver satisfeito. Antes dos 6 meses pode ser inadequado, já que o bebê ainda apresenta o reflexo de extrusão da língua, que é o ato de colocar a língua para fora da boca.
Caso a criança chegue aos 6 meses e ainda não tenha atingido esses marcos do desenvolvimento, deve-se aguardar para iniciar a introdução alimentar e ter uma avaliação pediátrica.
Se o bebê é prematuro (nasceu com menos de 9 meses ou 37 semanas) é importante corrigir a idade gestacional, ou seja, se ele nasceu com 7 meses por exemplo, deve-se fazer a introdução alimentar com 8 meses de vida (2 meses que ele ainda teria dentro da barriga, mais os 6 meses que aguardamos de rotina).
Existem três formas de introdução alimentar. A tradicional, A BLW (Baby Lead Weaning), e a forma mista, cabendo a cada família escolher qual se adapta melhor à sua rotina.
A introdução alimentar tradicional é o método mais popular no qual os pais começam oferecendo os alimentos geralmente em forma de papas, sem dar a opção da criança manipular ou escolher o alimento, deixando a criança como parte passiva no processo. Já no método BLW é o inverso, a criança lidera a introdução alimentar, comendo o que preferir. Isso favorece um papel mais ativo da criança, permitindo que ela tome decisões e interaja com o alimento. Algumas famílias podem não se adequar a esse método pois ele demanda tempo, já que depende do tempo natural da criança para levar o alimento até a boca, podendo se sujar e se lambusar (o que faz parte do processo de familiarização com a comida), e escolher suas preferências.
O método alternativo ou misto é um processo intermediário entre o método tradicional e o BLW, em que a criança recebe alguns alimentos pela colher, mas também entra em contato e manipula certos alimentos. Portanto a criança deve pegar uma parte dos alimentos por conta própria, incentivado a participação dela na escolha.
Não existe método melhor, mas sim aquele que mais se adapta aos objetivos e à rotina da família.
Para crianças mais velhas, a abordagem se torna, a cada ano que se passa, mais próxima da alimentação adulta, como foco em uma alimentação saudável, com as exceções naturais para um ser humano em desenvolvimento. Ou seja, deve-se colocar como prioridade o adequado desenvolvimento do bebê. O controle do peso deve receber intervenções apenas quando exacerbado, e as medidas nutricionais são fundamentais.
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Sou médica pediatra encantada pelo acompanhamento e desenvolvimento infantil, desde o período gestacional e sala de parto até a adolescência.
Acredito no acompanhamento próximo para alcançarmos o melhor e maior potencial da criança, trabalho em conjunto com pais e cuidadores, dando suporte para que os obstáculos do desenvolvimento infantil sejam vencidos com leveza, como a amamentação, sono infantil, introdução alimentar, socialização, e estímulos saudáveis para o desenvolvimento psicomotor.
O acompanhamento do paciente desde a sala de parto com o mesmo pediatra faz com que se crie um vínculo entre a criança e o médico, permitindo que o pediatra entenda as particularidades daquele paciente, fazendo com que seja possível diagnosticar doenças muito mais precocemente quando o recém-nascido se desenvolve.
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