0 comentários | Postado por Dra. Luiza Novis
EXTEROGESTAÇÃO
Atenção: Deixar o bebê dormindo sozinho no berço causa estresse psicológico
A partir do estudo da evolução, nós seres humanos temos a estrutura óssea da pelve menor e um crânio maior, por isso a gestação não pode se prolongar por mais de 9 meses, impedindo assim que o bebê permaneça na vida intra-útero pelo período necessário para o seu desenvolvimento completo, com isso o parto passa a ser “prematuro”e a gestação irá completar após o nascimento. Então teria a gestação intra útero e extra útero
Segundo a teoria antropológica, a exterogestação seria o período de gestar o bebê após o seu nascimento. Dr. Karp, pediatra americano, criou o termo 4ºtrimestre da gestação, limitando a exterogestação aos primeiros 3 meses da vida do bebê.
Esse é o período mais crítico de adaptação e a partir do terceiro mês o bebê é um "novo" ser, estando mais amadurecido e mais adaptado ao meio ambiente
Comportamento do recém-nascido:
O recém-nascido é dependente e indefeso, tem necessidades básicas de sobrevivência, não tem maturidade intelectual para fazer manhas ou jogos como os adultos e só pode se comunicar através do choro. O choro vai existir para satisfazer todas as suas necessidades fisiológicas, para ter a atenção do adulto e necessidades sociais de acolhimento, vínculo e aconchego (muito importante esse vínculo)
Como é a vida dentro do útero:
A alimentação e hidratação através do cordão umbilical é constante e não exige do bebê nenhum esforço
Estava aquecido com a temperatura corporal estável e sem nenhuma variação
Permanecia limpo, não apresentava eliminações fisiológicas
Baixa claridade
Sons constantes e abafados
Contato físico constante (o tempo todo se sentindo abraçado, com a pele sendo estimulada, as terminações nervosas constantemente estimuladas e por isso que o bebê quer ficar o tempo todo no colo em contato com a pele)
O contato é o primeiro estímulo, ainda no período gestacional, que contribuiu para o estimulo nervoso, que estimula desenvolvimento cerebral, o toque na pele do bebê promove a formação de conexões cerebrais e sensoriais que continuarão após o nascimento. Estimular o contato físico é muito importante, principalmente nos primeiros meses para desenvolvimento emocional e físico
Ao nascimento:
Ao nascer vai ter que fazer suas funções vitais sozinho mas ele não é capaz de desenvolver sozinho, se não aquecer, se não alimentar, ele vai morrer, ele é dependente e vai se comunicar através do choro
Então a transição da vida intra uterina para vida extra uterina é extremamente estressante para o bebê, ele passa daquele ambiente seguro e acolhedor para um ambiente amplo, grande e solto. Estar em contato com a mãe, maior a chance de sobreviver e vai buscar isso o tempo todo
Como a mãe vai lidar com isso no dia a dia, a teoria é muito interessante, mas e na prática como ajudar a mãe?
Tem 5 pontos para ajudar a mãe a passar por esse momento, não se trata apenas de mantê-lo vivo, mas de gestar o neném, prover a sensação intrautero na vida extrauterina como se fosse uma ponte.
1. Contato
-controla a temperatura corporal
-regula os batimentos cardíacos
-regula os ciclos do sono e vigília
-alimento constante através da livre demanda
Em momento de estresse, momento em que o bebê fica mais irritado e consequentemente a mãe também fica, isso tudo é muito ruim, final de tarde, o chamado hora da bruxa é nesse horário que tem que estimular a mãe a se voltar a esse momento, tirar a roupa da mãe e do bebê, deixar a mãe em um ambiente confortável , deixar o bebê ouvir o coração da mãe, sentir a pele da mãe, sentir o cheiro da mãe e isso faz toda diferença pra mãe que vai sentir segura e calma, acolhendo o bebê e o bebê sente a mãe mais calma e sente mais confortável
2. Movimento
A ideia é manter o contato constante com a mãe em movimento
“A vida era tão rica no útero. Rica em sons e barulhos, mas a maior parte era movimento. Movimento contínuo. Quando a mãe senta, levanta, caminha e vira o corpo, movimento, movimento, movimento.” Frase do Frederick Leboyer, obstetra considerado o pai do parto humanizado
Dica: Usar o sling é uma opção se a mãe se adaptar, nem toda mãe se adapta.
3.Alimentação permanente
Dentro do útero era alimentação permanente, ao sentir fome mama um pouquinho, ele precisa ter essa possibilidade de se alimentar, livre demanda se acalma porque sentir fome é um risco de vida. Nem sempre o seio é para alimentar, mas sim pra estimular os estímulos através da sucção não nutritiva
4.Sono adequado
O sono do bebê é diferente do adulto, precisa estar perto do bebê pra ele dormir tranquilo, ele precisa se sentir seguro, o bebê que não se sente seguro é um bebê mais irritado e também o bebê que não dorme também é mais irritado
5.Sons e ruídos
No útero materno havia sons repetitivos e rítmicos (circulação das artérias e movimento intestinal), isso passa sensação de segurança e de presença da mãe.
Dica: existem aplicativos no celular com esses ruídos brancos
Então esses 5 pontos são importante para tentar simular a vida intrauterina pra que ele possa aos pouco ir se adaptando, depois o bebê vai se acostumando que as coisas extrauterinas são diferentes da vida intrauterina e nós vamos ajudando o bebê a passar por isso.
Com carinho,
Dra. Luiza Novis
EXTEROGESTAÇÃO
Atenção: Deixar o bebê dormindo sozinho no berço causa estresse psicológico
A partir do estudo da evolução, nós seres humanos temos a estrutura óssea da pelve menor e um crânio maior, por isso a gestação não pode se prolongar por mais de 9 meses, impedindo assim que o bebê permaneça na vida intra-útero pelo período necessário para o seu desenvolvimento completo, com isso o parto passa a ser “prematuro”e a gestação irá completar após o nascimento. Então teria a gestação intra útero e extra útero
Segundo a teoria antropológica, a exterogestação seria o período de gestar o bebê após o seu nascimento. Dr. Karp, pediatra americano, criou o termo 4ºtrimestre da gestação, limitando a exterogestação aos primeiros 3 meses da vida do bebê.
Esse é o período mais crítico de adaptação e a partir do terceiro mês o bebê é um "novo" ser, estando mais amadurecido e mais adaptado ao meio ambiente
Comportamento do recém-nascido:
O recém-nascido é dependente e indefeso, tem necessidades básicas de sobrevivência, não tem maturidade intelectual para fazer manhas ou jogos como os adultos e só pode se comunicar através do choro. O choro vai existir para satisfazer todas as suas necessidades fisiológicas, para ter a atenção do adulto e necessidades sociais de acolhimento, vínculo e aconchego (muito importante esse vínculo)
Como é a vida dentro do útero:
A alimentação e hidratação através do cordão umbilical é constante e não exige do bebê nenhum esforço
Estava aquecido com a temperatura corporal estável e sem nenhuma variação
Permanecia limpo, não apresentava eliminações fisiológicas
Baixa claridade
Sons constantes e abafados
Contato físico constante (o tempo todo se sentindo abraçado, com a pele sendo estimulada, as terminações nervosas constantemente estimuladas e por isso que o bebê quer ficar o tempo todo no colo em contato com a pele)
O contato é o primeiro estímulo, ainda no período gestacional, que contribuiu para o estimulo nervoso, que estimula desenvolvimento cerebral, o toque na pele do bebê promove a formação de conexões cerebrais e sensoriais que continuarão após o nascimento. Estimular o contato físico é muito importante, principalmente nos primeiros meses para desenvolvimento emocional e físico
Ao nascimento:
Ao nascer vai ter que fazer suas funções vitais sozinho mas ele não é capaz de desenvolver sozinho, se não aquecer, se não alimentar, ele vai morrer, ele é dependente e vai se comunicar através do choro
Então a transição da vida intra uterina para vida extra uterina é extremamente estressante para o bebê, ele passa daquele ambiente seguro e acolhedor para um ambiente amplo, grande e solto. Estar em contato com a mãe, maior a chance de sobreviver e vai buscar isso o tempo todo
Como a mãe vai lidar com isso no dia a dia, a teoria é muito interessante, mas e na prática como ajudar a mãe?
Tem 5 pontos para ajudar a mãe a passar por esse momento, não se trata apenas de mantê-lo vivo, mas de gestar o neném, prover a sensação intrautero na vida extrauterina como se fosse uma ponte.
1. Contato
-controla a temperatura corporal
-regula os batimentos cardíacos
-regula os ciclos do sono e vigília
-alimento constante através da livre demanda
Em momento de estresse, momento em que o bebê fica mais irritado e consequentemente a mãe também fica, isso tudo é muito ruim, final de tarde, o chamado hora da bruxa é nesse horário que tem que estimular a mãe a se voltar a esse momento, tirar a roupa da mãe e do bebê, deixar a mãe em um ambiente confortável , deixar o bebê ouvir o coração da mãe, sentir a pele da mãe, sentir o cheiro da mãe e isso faz toda diferença pra mãe que vai sentir segura e calma, acolhendo o bebê e o bebê sente a mãe mais calma e sente mais confortável
2. Movimento
A ideia é manter o contato constante com a mãe em movimento
“A vida era tão rica no útero. Rica em sons e barulhos, mas a maior parte era movimento. Movimento contínuo. Quando a mãe senta, levanta, caminha e vira o corpo, movimento, movimento, movimento.” Frase do Frederick Leboyer, obstetra considerado o pai do parto humanizado
Dica: Usar o sling é uma opção se a mãe se adaptar, nem toda mãe se adapta.
3.Alimentação permanente
Dentro do útero era alimentação permanente, ao sentir fome mama um pouquinho, ele precisa ter essa possibilidade de se alimentar, livre demanda se acalma porque sentir fome é um risco de vida. Nem sempre o seio é para alimentar, mas sim pra estimular os estímulos através da sucção não nutritiva
4.Sono adequado
O sono do bebê é diferente do adulto, precisa estar perto do bebê pra ele dormir tranquilo, ele precisa se sentir seguro, o bebê que não se sente seguro é um bebê mais irritado e também o bebê que não dorme também é mais irritado
5.Sons e ruídos
No útero materno havia sons repetitivos e rítmicos (circulação das artérias e movimento intestinal), isso passa sensação de segurança e de presença da mãe.
Dica: existem aplicativos no celular com esses ruídos brancos
Então esses 5 pontos são importante para tentar simular a vida intrauterina pra que ele possa aos pouco ir se adaptando, depois o bebê vai se acostumando que as coisas extrauterinas são diferentes da vida intrauterina e nós vamos ajudando o bebê a passar por isso.
Com carinho,
Dra. Luiza Novis
IMPORTANTE: Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. Agende uma consulta para maiores informações.
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